Brasília (15/05/2025) – Como é comum na casa de muitas famílias, um determinado assunto sempre predomina quando os parentes se reúnem. Na casa de Lorens Campos Ferreira Britto, 40, de Paragominas, no Pará, não é diferente. No caso de sua família, as conversas giram em torno da produção agropecuária.

O paraense, criado no meio do agronegócio, cresceu vendo o pai, engenheiro agrônomo e gestor de uma fazenda de pecuária, se dedicar ao campo. Temas como os desafios da lavoura e pecuária, os custos de produção, o planejamento “dentro e fora da porteira” são corriqueiros para ele e fazem parte das discussões nos encontros familiares.

Por esse motivo, Lorens considera que o agro é muito mais do que uma profissão, é um “legado familiar”. “Me espelhei no meu pai como referência”, disse ele que, em 2007, fez um curso técnico em agropecuária.

E o “legado familiar” também influenciou a irmã Lorena Campos, que fez o curso Técnico em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). E foi dela o “empurrão definitivo” para que Lorens voltasse a estudar.

“Ela me contou como o curso havia mudado sua visão sobre o setor. Foi aí que decidi me inscrever e retomar os estudos”, lembra.

Lorens já atuava no ramo da agropecuária como fornecedor de insumos agrícolas, mas sentia falta de um aprendizado que lhe permitisse fazer mais no setor.

Em março de 2023, ele seguiu o conselho da irmã e iniciou o curso Técnico em Agronegócio do Senar no núcleo de Paragominas (PA), como resposta ao seu objetivo de se aperfeiçoar.

Mas não foi fácil conciliar a rotina profissional com o aprendizado. O trabalho exigia visitas constantes a propriedades rurais e o paraense precisava achar tempo, que estava cada vez mais raro, para os estudos e para as aulas no meio da semana.

Mais uma vez a família fez toda a diferença em sua decisão. “Eles me incentivaram o tempo todo. Me ajudaram a manter o foco, não me deixaram desistir mesmo nos momentos mais críticos.”

Ao longo do curso, Lorens percebeu como o conhecimento poderia mudar sua forma de trabalhar.

“Aprendi a enxergar o agro de uma maneira mais ampla, entendendo o que acontece dentro da propriedade e tudo o que envolve o processo depois que o produto sai dali.”

O conhecimento também mudou a forma dele trabalhar com aqueles que são a razão de ser do seu negócio: os clientes.

“Hoje consigo orientá-los bem melhor. O curso mudou até meus conhecimentos financeiros, me deu mais compreensão sobre o processo como um todo do meu trabalho”.

Atualmente, ao indicar e falar da importância dos cursos do Senar, ele procura deixar seu “legado” com o conhecimento e a experiência adquiridos para os amigos e para todos aqueles que encontra no seu caminho profissional.

Fonte: CNA Brasil